19/02/2025 às 19h15 - atualizada em 19/02/2025 às 19h31
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Gian Mira Pantoja
Macapa / AP
Adelação do tenente-coronel Mauro Cid indica que o ex-ajudante de ordens e seu pai, o general Lourena Cid, repassaram US$ 86 mil (R$ 489 mil, na atual cotação) a Jair Bolsonaro (PL) entre 2022 e 2023 após a venda de kits de joias e relógio recebidos pelo ex-presidente como presentes dados a ele enquanto representante do Estado brasileiro.Segundo Mauro Cid, os relógios Rolex e Patek Philippe foram vendidos por R$ 68 mil e o kit de joias Chopard foi vendido por R$ 18 mil. As duas vendas foram realizadas nos Estados Unidos, em 2022. Na delação, Mauro Cid detalhou repasses que somam R$ 78 mil ao ex-presidente em valores fracionados, e de forma direta ou indireta:
Ainda de acordo com o ex-ajudante de ordens, o restante dos R$ 86 mil foi repassado por Lourena Cid em março de 2023.
As informações estão no acordo de delação premiada firmado em 2024 pela Policia Federal com o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid e que teve o sigilo derrubado nesta quarta-feira (19) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Valor obtido com joias
Os valores foram obtidos com as vendas de joias recebidas pelo então presidente nos Estados Unidos, segundo a delação.
No primeiro caso, Cid viajou aos EUA para negociar parte das joias e retirou do valor final (US$ 18 mil) os gastos com passagens e aluguel de um automóvel.
Tanto os US$ 30 mil quanto US$ 10 mil entregues por Lourena Cid para Bolsonaro foram entregues para o ajudante de ordens, que os repassou ao presidente, indica o documento.
Já os US$ 20 mil foram entregues por Lourena Cid "em mãos" a Osmar Crivelatti, assessor que acompanhava Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos, entre o fim de 2022 e início de 2023.
Bolsonaro foi indiciado junto de 11 pessoas em julho de 2024 no inquérito das joias, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente é suspeito de ter cometido os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Bolsonaro sempre negou os crimes.
Os primeiros indícios envolvendo o caso das joias surgiram em março de 2023. Na época, um kit de joias dado pela Arábia Saudita ao governo Bolsonaro ficou retido no Aeroporto de Guarulhos, na Receita Federal, desde o fim de 2021.
Os itens foram encontrados, em 26 de outubro daquele ano, na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, que assessorava o então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.
As joias de luxo — avaliadas, após conclusão de perícias, em R$ 5,1 milhões — foram apreendidas porque o governo não as declarou como um presente de estado nem pagou os impostos devidos para que os itens pudessem entrar no país como item pessoal.
Em março de 2023, a Polícia Federal, abriu um inquérito para investigar o caso e os envolvidos. No caso, Jair Bolsonaro e o entorno dele.
FONTE: g1.globo.com
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