21/04/2025 às 09h09
Vitoria Inacia
Macapa / AP
O mundo amanheceu de luto nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025. Faleceu, aos 88 anos, Sua Santidade o Papa Francisco, na serenidade da Casa Santa Marta, no Vaticano. A causa foi uma pneumonia bilateral, que agravou-se após semanas de cuidados intensivos. O anúncio oficial, feito pelo camerlengo Kevin Farrell, confirmou que o pontífice partiu às 7h35 (horário local), encerrando um dos pontificados mais marcantes da história contemporânea da Igreja Católica.
Nascido Jorge Mario Bergoglio, o argentino que se tornou o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o trono de Pedro, conduziu a Igreja por mais de uma década com firmeza suave, voz acolhedora e gestos revolucionários. Sua eleição, em março de 2013, rompeu séculos de tradição eurocêntrica e abriu caminhos para uma Igreja mais próxima dos marginalizados, dos pobres e dos esquecidos.
Francisco foi mais do que um líder espiritual — foi um símbolo de compaixão em tempos de incerteza, um defensor incansável da justiça social, do diálogo inter-religioso e da proteção ambiental. Seu pontificado foi marcado por profundas reformas administrativas no Vaticano, por uma luta franca pela transparência financeira e pela ousadia de abordar com misericórdia temas até então considerados tabus.
Fiel à simplicidade evangélica que sempre cultivou, o Papa já havia expressado o desejo de um funeral modesto. Mesmo assim, as praças ao redor da Basílica de São Pedro logo se encheram de fiéis em pranto, vindos de todas as partes do mundo. Em Paris, os sinos da Catedral de Notre-Dame dobraram 88 vezes — uma para cada ano de sua vida — enquanto igrejas ao redor do globo celebravam missas em sua memória.
O vazio que se abre com sua partida vai muito além dos muros do Vaticano. O Papa Francisco tocou corações católicos e não católicos com a coragem de um reformador e a ternura de um pastor. Em sua morte, renasce o testemunho de um homem que sonhou com uma Igreja pobre para os pobres — e, por isso, será eterno.
Inicia-se agora o período conhecido como Sé Vacante, até que um novo pontífice seja escolhido em conclave. Mas até lá, o mundo permanece suspenso em prece, grato por ter sido conduzido, por doze anos, por um homem que escolheu como trono o serviço e como coroa a compaixão.
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